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Arquitetura

Como você imagina o futuro nos próximos 50 anos? Com o turbilhão de inovações e velocidade de informação que estão transformando o mundo, pode ser difícil projetar o futuro, mas devemos. A vida útil de um edifício residencial é de 50 a 100 anos. Se projetarmos edificações para atender apenas às necessidades atuais, construiremos edifícios fadados à obsolescência.

Confira 5 tendências e ideias que irão moldar o cenário arquitetônico nos próximos anos:


1. Sustentabilidade 

A indústria da construção civil impacta significativamente na sustentabilidade do planeta. Isso se deve ao consumo de recursos naturais, alta demanda energética para produção e operação, alta geração de resíduos e alta emissão de CO₂. Segundo a ONU, para alcançarmos a neutralidade climática até 2050 (daqui a 26 anos, ou seja, cerca de metade da vida útil de um edifício construído hoje), as emissões diretas de CO₂ devem ser reduzidas pela metade de 2020 a 2030.

Os dados atuais mostram que, embora tenha havido avanços e algumas reduções, o setor da construção civil ainda enfrenta desafios significativos para alcançar as metas globais. 

Por isso que a arquitetura sustentável será cada vez mais uma prioridade, assim como tudo que mitigar os impactos citados acima. Veremos mais edifícios projetados com eficiência energética, materiais de baixo impacto ambiental, sistemas de captação de água da chuva, integração de painéis solares, ventilação natural, entre outras tecnologias que ainda virão.


2. Espaços flexíveis e adaptáveis

Assim como os ambientes impactam as pessoas que o utilizam, estas também impactam os ambientes. As rápidas transformações do mundo refletem em nossos estilos de vida, hábitos e escolhas, que por consequência alteram o espaço. Com a imprevisibilidade de transformações, quanto maior a possibilidade de adaptação de um edifício, maior será sua vida útil e, portanto, mais sustentável também, já que reduz a necessidade de reformas, demolições e reconstruções.

Projetar edifícios que se adaptarão às necessidades dos usuários certamente permanecerão atuais por mais tempo. Além de um desenho arquitetônico que permita personalização, elementos deslizantes e dobráveis, mobiliários versáteis e iluminação ajustável também proporcionam flexibilidade.

Espaços flexíveis permitirão que uma sala de estar se transforme em home office ou área de lazer conforme a demanda, por exemplo.

Além disso, viabiliza a venda dos imóveis: no lançamento, para quem adquire com a finalidade de alugar, para o(a) proprietário(a) que em algum momento irá revender. Todos ganham.


3. Tecnologias integradas

Diante da velocidade que inovação e tecnologias estão se desenvolvendo, como garantir que um edifício continue se atualizando pelo maior tempo possível durante sua vida útil? Há e provavelmente ainda haverá diversas possibilidades, mas uma delas é prever uma boa infraestrutura de automação, isso permitirá que o edifício continue se atualizando com as novas tecnologias, aumentando sua vida útil.

Hoje já é possível projetar ambientes inteligentes que ajustam automaticamente a iluminação, a temperatura e os sistemas de segurança com base nos padrões de uso e nas preferências dos moradores. Além disso, a Internet das Coisas (IoT) permite que os dispositivos se comuniquem entre si, otimizando o conforto e a eficiência. E a automação residencial continua evoluindo, edifícios projetados hoje devem estar preparados para essas e as próximas inovações.

 
4. Design baseado no bem-estar e integração com a natureza

Um ser humano adulto vive de 80% a 90% do seu tempo em ambientes fechados. Na pandemia esse tempo aumentou, o isolamento tornou mais claro o quanto os ambientes afetam a saúde física, mental e emocional de quem vive neles. Lugares inadequados podem gerar um conjunto de doenças que a OMS definiu como Síndrome do Edifício Doente (SBS)

Nos próximos anos, o foco em bem-estar será central, por isso técnicas como Design Biofílico, Neuroarquitetura, Arquitetura Saudável, entre outras, serão cada vez mais aplicadas em projetos. Essas técnicas incluem aproveitamento da luz natural, ventilação adequada, materiais não tóxicos, integração com a natureza, entre outras formas de proporcionar saúde e bem-estar. Técnicas como essas foram aplicadas no projeto do edifício residencial 143 Mayfair. Desde o partido arquitetônico, que integra os interiores com a natureza externa, até elementos biofílicos como as floreiras em todos os apartamentos e nas áreas comuns. Para ver mais sobre esse projeto clique aqui.


5. Construção Modular e Industrializada

Técnicas construtivas mais rápidas e eficientes ganharão espaço. A construção modular, onde partes do edifício são pré-fabricadas em fábricas e montadas no local, reduzirá o tempo de construção e os desperdícios. Além disso, a robótica e a impressão 3D também podem revolucionar a maneira como construímos.

Essas tendências podem variar de acordo com a região e as necessidades culturais, mas é fundamental pensar no futuro da arquitetura e como ela continuará a moldar nossas vidas e nos prepararmos para contemplar essas mudanças.

Por fim, tendências são formadas por comportamentos, mentalidade e visão de mundo, cosmo social e cultura, entre diversos outros fatores. Por isso a importância de, para muito além das técnicas e sistemas construtivos mais avançados, termos sobretudo uma visão holística do mundo, do ser humano e da tecnologia e de fato aplicá-la na concepção dos projetos.

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